“pera, uva, maçã, salada mista, diz o que você quer sem eu dar nenhuma pista…”
Quem nunca brincou ou assistiu a essa brincadeira na adolescência? Mais do que uma simples diversão, esses momentos marcam o início das descobertas sobre a própria sexualidade. O primeiro beijo, muitas vezes visto como um marco, é parte de um processo maior de autoconhecimento e amadurecimento. Não é raro encontrar diários de adolescentes que relatam com detalhes como foi o primeiro beijo.
Dá até para lembrar daquele friozinho na barriga, não é mesmo?
A adolescência é uma fase de intensas transformações! O corpo muda, o cérebro se desenvolve, e a construção da identidade se torna um processo contínuo. Dentro dessa jornada, a sexualidade também se manifesta, não apenas como desejo, mas como um entendimento sobre si mesmo e sobre as formas de se relacionar com o outro.
O beijo, então, simboliza não apenas um ato de carinho, mas uma porta para novas sensações, dúvidas e descobertas. Quer algo mais próximo da adolescência do que isso?
O beijo pode despertar emoções inesperadas, reafirmar ou questionar sentimentos e até provocar inseguranças. E tudo isso faz parte do crescimento!
Para quem convive e cuida de adolescentes, o papel não é o de controlar, mas o de acolher. Experimente criar um ambiente seguro para que possam conversar sobre suas vivências, sem medo de julgamento. Costumo dizer em meu consultório que, mais do que impor regras, é importante oferecer informação, escuta ativa e compreensão.
E lembre-se: cada adolescente tem seu próprio tempo e sua maneira única de viver essa fase. Portanto, não pressione para que aconteça logo ou para que espere mais.
O importante é garantir que a descoberta da sexualidade aconteça com respeito, segurança e liberdade para ser quem se é. Afinal, crescer é também aprender a amar – a si mesmo e ao outro.
